5 doenças onde o café apresenta benefícios
Em diversos estudos publicados até ao momento, como os exemplificados a seguir, existe uma evidência consensual incontornável: a ingestão moderada de café não representa quaisquer riscos para a saúde, apresentando mesmo alguns benefícios:
DIABETES TIPO 2 – O Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência, da Faculdade de Medicina de Lisboa (CEMBE) levou a cabo um estudo sobre a influência da ingestão do café e a incidência da Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) com resultados que se revelam uma nova esperança para os doentes.
Neste estudo, ficou demonstrado que a ingestão do café beneficia o nível de insulina no sangue sendo os efeitos benéficos mais marcados nas glicemias pós-prandiais. Mesmo nos doentes com aumento do perímetro abdominal (um conhecido fator de risco para a síndrome metabólica e para a DM2) a ingestão de café teve um efeito positivo na incidência da doença.
DOENÇAS CARDIOVASCULARES – A cafeína é uma substância com vários efeitos e mecanismos de ação no tecido vascular. Segundo um estudo levado a cabo pelo Laboratório de Investigación en Función Vascular, na Colômbia, este produto aumenta o cálcio intracelular estimulando a produção de óxido nítrico, nas células endoteliais. O óxido nítrico difunde-se para a célula do músculo liso vascular para produzir vasodilatação, minimizando, assim, o risco de acidentes cardiovasculares.
DOENÇAS NEUROLÓGICAS – Como estimulante leve, o café aumenta a atividade do sistema nervoso central, resultando num estado de alerta e excitação, melhorando a performance em tarefas cognitivas que requerem rapidez ou vigilância e melhorando, também, a memória. Baseado nesta premissa, o CEMBE, levou a cabo um estudo exaustivo sobre a influência da ingestão do café na redução do risco de demência, em pessoas idosas.
Da análise geral dos estudos avaliados, o CEMBE demonstrou que as associações entre o café e a demência se verificam em diversas populações de doentes, com progressivas alterações cognitivas. Estes resultados permitem definir, na maioria dos casos, um padrão dose-dependente: quanto maior é a ingestão de café, menor é o risco de doença de Alzheimer. Segundo o relatório do CEMBE, a análise destes estudos permite concluir que “a ingestão crónica de café pode reduzir o risco da demência”.
HEPATITE C – Um estudo coordenado no Instituto Nacional do Câncer de Maryland, EUA, sugere que o consumo de cafeína exerce efeitos hepatoprotetores em doentes com doenças hepáticas crónicas. Os investigadores concluíram que a ingestão de três chávenas de café ou mais, por dia, pode reduzir a atividade histológica em pacientes com Hepatite C.
CANCRO – Ao analisarem 9 estudos sobre o tema, cientistas da Utah State University, nos EUA, concluíram que o consumo de café tem um feito protetor contra o cancro da cabeça e pescoço. Foi verificado que quem ingeria quatro chávenas de café, por dia, apresentava um risco 39% inferior de ter a doença, em comparação com aqueles que não bebiam.
A cafeína tem propriedades antioxidantes e por isso ajuda também a prevenir o cancro do cólon e da bexiga.
Num artigo publicado no American Journal of Epidemiology, os investigadores da Divisão de Epidemiologia da Universidade de Tohoku, no Japão, descobriram que existe uma relação inversa entre o consumo de café e o risco de desenvolver cancro na boca, faringe e esófago e que o consumo de café, 3-4 chávenas, reduz o risco de vir a sofrer destes tipos de cancros.